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Acordo Ortográfico

di nigra_rivereto, 20 dicembre 2012

Messaggi: 17

Lingua: Português

nigra_rivereto (Mostra il profilo) 20 dicembre 2012 17:19:50

A obrigatoriedade do uso das novas regras do acordo ortográfico, que aconteceria a partir de 01 de janeiro de 2013 no Brasil, foi adiada pelo governo para 2016, mesma data em que o acordo será obrigatório em Portugal.

Com isso, haverá tempo para se discutir sobre algumas regras muito complicadas e outras que parecem absurdas e não estão sendo bem aceitas. E poderemos ter novas alterações. Por um lado, isso pode ser bom, mas por outro, complicado para quem não conhece bem nem as regras atuais do acordo. ridulo.gif

Veja um artigo sobre isso em:

Folha de São Paulo

laFlutisto (Mostra il profilo) 05 febbraio 2013 19:24:02

O que eu não concordo muito a respeito do Novo Acordo é a ideia de que com tais mudanças expandiremos as fronteiras de comunicação entre os países que falam o "mesmo" idioma. Isso é muito conflitante, o que faz um idioma não é necessariamente sua grafia, mas seu léxico cultural. Outro dia vi um quadrinho que sucinta bem minha opinião. Mas, em todo o caso, menos mal terem adiado sua efetivação.

RubyNunes (Mostra il profilo) 28 febbraio 2013 05:09:57

Eu sou 100% contra este acordo ortográfico, porque o mesmo não tem razão de ser. Se repararmos bem, tudo gira à volta de uma questão política e monetária. Esses são os máximos interesses daqueles que têm poder e preferem ver a cultura dos seus próprios países arruinadas. É bastante triste usarem, como desculpa, o argumento "trata-se de uma questão de união". É imperdoável não terem trazido esta questão a voto do povo, até porque não é só o grupo de bilionários, maçons e afins que falam a língua portuguesa, mas sim o povo todo! Sinto-me completamente indignada, até porque cada cultura está demarcada e enraízada já há bastante tempo no seu respectivo país. Mas enfim, a minha opinião não passa de uma mera opinião.

Makinary (Mostra il profilo) 01 marzo 2013 22:04:54

Eu não sei as regras antigas, imaginem as novas. rsrsrs

pt321 (Mostra il profilo) 23 marzo 2014 15:39:59

laFlutisto:O que eu não concordo muito a respeito do Novo Acordo é a ideia de que com tais mudanças expandiremos as fronteiras de comunicação entre os países que falam o "mesmo" idioma. Isso é muito conflitante, o que faz um idioma não é necessariamente sua grafia, mas seu léxico cultural. Outro dia vi um quadrinho que sucinta bem minha opinião. Mas, em todo o caso, menos mal terem adiado sua efetivação.
Achei essa BD um pouco falaciosa. Penso que certas pessoas deviam entender isto: o acordo é ORTOGRÁFICO e serve para isso só. Não era suposto passar pela nossa cabeça que, por um processo artificial como este, se "unificasse" língua. Por isso, a questão do "léxico cultural" nem precisava ser referida.
Estamos perante um impasse: ou optamos pela preservação etimológica ou pela fonética. Quer uma quer outra são motivo de divergência, vejamos, nem sequer pronunciamos as cinco vogais de igual maneira em todos os casos nem em todas as regiões.
Posto isto, sugerem-nos um acordo ortográfico. Este de que falam é só uma das muitas sugestões possíveis: escolher uma é uma questão normativa e sem domínio ético relevante.
A meu ver, este acordo está bastante equilibrado, excepto na acentuação das palavras "pára" e "pêlo". Tudo o resto será uma questão de hábito.

skeptikulo (Mostra il profilo) 15 aprile 2014 21:58:30

Acho que se a ortografia se aproximar mais da fonética iria inclusive de encontro com o que faz o Esperanto.

Entendo que não existe solução para as alguns casos, como o do trema. Agora palavras com a sílaba gui são escritas da mesma forma mas pronunciadas de maneira diferente, devendo o leitor de ante-mão conhecê-las.

Como em linguiça [lingŭisa], outrora se escrevia lingüiça, e "Guilherme" [giljerme], ou seja [gŭi] versus [gi].

Entendo que é impossível voltar no que está feito. Sei que Portugal já não usa o trema a bastante tempo, e por isso o perdemos no Brasil agora. Para padronizar ninguém aceitaria aumentar o trabalho, apenas excluir, assim como não aceitariamos no Brasil voltar a escrever palavras como actor, acção, etc. E por isso foram excluídos os C mudos em Portugal.

pt321 (Mostra il profilo) 21 aprile 2014 10:09:30

Mas uma aproximação à fonética iria contrastar com o objectivo do acordo: aproximar as grafias. Só em Portugal, teríamos que conciliar as várias maneiras de dizer uma vogal, dependendo da região. Imaginem aplicar isto à lusofonia como um todo. É por isso que este acordo até é bastante equilibrado.

Quanto ao trema, as palavras são lidas como um todo: o nosso cérebro não lê as letras todas. Por isso, com a leitura ao longo do tempo, a ausência de tremas vai deixar de ser um problema para os brasileiros.

skeptikulo (Mostra il profilo) 02 maggio 2014 23:17:28

Já nos acostumamos bem sem o trema. Não foi nem um pouco difícil.

marcuscf (Mostra il profilo) 08 maggio 2014 04:28:52

Para palavras muito comuns pode até ser que o trema não faça falta, mas para palavras médias ou raras (termos científicos, por exemplo), o trema realmente ajuda (e eu continuo usando a menos que me obriguem a fazer diferente).

Bem, para palavras muito comuns poderíamos até escrevê-las com símbolos/desenhos arbitrários ou com ortografia muitíssimo irregular que as pessoas se acostumariam. Por exemplo, alguém poderia decretar que a escrita oficial de "você" passará a ser "vc". Não está representado o som do O, nem o som do Ê, mas é curto, prático e as pessoas já usam atualmente.

Mas seria uma boa ideia(*)? Na minha opinião não custa nada escrever todos os sons da palavra (“você”) mesmo quando "dá para entender" de outra maneira. Do mesmo jeito que eu acho que vale a pena escrever de forma diferente "gui" quando o U é pronunciado ou não (/gwi/ ou /gi/). O motivo de haver um U mudo ali no meio são apenas razões históricas que não deveriam nos incomodar atualmente. Nos últimos 100 anos a ortografia de algumas palavras mudou drasticamente (a forma asthma já coexistiu com asma... Imaginem o quão ridículo soaria alguém defender hoje a grafia asthma por valores históricos ou por tradição...) enquanto outras coisas irrelevantas são mantidas sabe-se lá por quê.

E bem... "Não existe solução" é meio forte. Não sei como era em Portugal, mas aqui no Brasil eu vi "microondas" mudar para "micro-ondas" e "antiinflamatório" para "anti-inflamatório". A nova regra é um pouquinho mais fácil, mas precisava mesmo mudar o microondas que estava quietinho no seu canto? Isso ajuda em alguma coisa ou só nos faz gastar com reimpressão de livros (e embalagens de comida congelada ridulo.gif)? Se podiam fazer isso, por que não fizeram algo melhor?

Eu preferiria uma destas duas opções:

- Ou uma reforma maior, que desse para dizer: "É estranho, mas facilita bastante a nossa vida e para isso vale a pena reimprimir livros".
- Ou deixar como está, não reimprimir nada e no máximo publicar algumas recomendações dizendo que tanto a forma brasileira como portuguesa são válidas.

O que temos atualmente é uma reforma que não facilita quase nada, mas causou a reedição de muitos livros. O pior dos dois mundos.

(*)reforma ortográfica...

laFlutisto (Mostra il profilo) 16 aprile 2015 15:11:20

Bom, apenas para reatar a discussão, essa semana, em uma aula de Direito Internacional, discorremos sobre um motivo menos linguístico para essa questão. Ocorre que o português é o quinto (ou segundo outras fontes, o sexto) idioma mais falado no mundo, um número bem expressivo. E por isso, poderia concorrer a ser um dos idiomas oficiais da ONU. Mas para tanto, é requisito que o idioma seja padronizado (não sei se mais do que gramaticalmente), isto é, seja igual em todos os países oficialmente falantes.

Se assim for, talvez não tenha sido, em momento algum, realmente esperado que aprendêssemos/dominássemos o novo acordo, mas tenha sido simplesmente assunto de interesses internacionais, em tratados escritos em linguagem específica. De fato, eu não vejo nem mesmo os professores universitários se preocuparem com essa escrita "correta".

Na minha opinião, essa teoria me pareceu bem mais lógica. Afinal, seria muito esperar que nos habituássemos a um "novo" acordo, sendo que o grosso da população nem mesmo dominava, ou sequer, conhecia a anterior, e mesmo que ocorra o contrário, não creio que faria grande diferença.

Um tanto curioso esse ponto de vista. O que acham?

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